quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Livre pensar é só pensar!

Meu Deus, que país é este?!?!



Este país tem uma enorme fome de dignidade e o povo, pede socorro!!!
Este nosso Brasil precisa de soluções estruturais, urgentes, que resultem na melhoria da qualidade de vida. Estamos em 2010 e chegamos a uma situação crítica em uma das questões mais elementares para o desenvolvimento da sociedade: a EDUCAÇÃO.
Cobram dos servidores da área, que passam a vida dando de si para formar cidadãos e esquecem-se de cobrar de quem, realmente, deveriam: do governo, das famílias, da sociedade. Também, com essa “ditadura” em Minas, o que poderia se esperar da Educação.
Muito já se fez, em outros tempos, contra a ditadura. Em Minas ela nos aparece, agora, vestida de democracia. Uma democracia fraca que tenta de todas as formas acabar com a força da Educação. Uma força pra sobrevivência digna.
Estamos em sala de aula, dando a vida por um ideal e as eleições estão chegando. Já se ouvem as propagandas. É um momento aterrorizante. Poluição total.
A luta pelo direito ao voto direto concretizou-se em 82 quando aconteceram as “diretas já”. Desde então cada cidadão resolveu mostrar que queria recuperar plenamente seus direitos manifestando por voto sua vontade. Pensando assim passou-se a ter certeza de que com isso seria o fim de qualquer golpe porque os governantes seriam escolhidos pelo cidadão. Mas... o cidadão não vota consciente. Se o fizesse, uma única eleição poderia revolucionar este Estado e este País. O voto é a arma mais poderosa que existe quando quem o usa tem consciência do que é política.
28 anos de lá até aqui. Um impeachment. Muitas mudanças. E... os governantes continuam nos usando como fantoches. Chego a pensar que para eles, do jeito que está, está de bom tamanho.
Um País, não só um Estado, precisa se organizar para propiciar a Educação adequada para seu povo, consequentemente trabalho, consequentemente emprego e por fim, uma renda, razoável, para todos.
Penso que nossos governantes não se preocupam com Educação, pois ela acaba com a subserviência e este fato por si só não interessa aos políticos no poder. É mais fácil dizer que a Educação é fraca porque os professores não se dedicam o suficiente. Com isso aumentam a carga horária e pagam menos. Não cumprem as leis feitas para a Educação. Enfim, marginalizam o que deveria ser primordial. Se a Educação não acontece em um País ou Estado, isso mostra que este lugar não é nada ético, mas imoral.
Não podemos deixar que depois de tanta luta este país seja um paraíso para uma minoria, um purgatório para uma maioria e um inferno para uns vinte ou trinta porcento. Tudo isso porque não é dado o devido valor a Educação. Um povo instruído não se deixa enganar; uma Educação desvalorizada e ignorada não consegue a qualidade necessária para fazer dos educandos cidadãos conscientes.
Se a Educação em Minas fosse a metade do que a mídia fala e mostra (salas bem equipadas, alunos felizes, material de primeira, professores realizados profissionalmente) os crimes não seriam tão bárbaros e com tanto requinte de crueldade; a pobreza não seria tão grande como no vale (isso a TV não mostra); os professores não teriam que encarar uma greve de 74 dias para serem percebidos; enfim, Minas realmente avançaria.
Precisamos condenar esta “Ditadura Democrática” e lutar para sermos reconhecidos como cidadãos de fato e de direito.
Alguns filósofos afirmam que a “razão da Educação é desenvolver, em cada indivíduo, toda a perfeição de que ele seja capaz”. Aí eu digo: a Educação tem sofrido variações infinitas com o tempo e o meio. O sistema educativo tem se perdido na atual realidade. Professores mal pagos, governantes descompromissados com o povo e sem real responsabilidade, escolas superlotadas, falta de capacitação dos profissionais, enfim, perda total da identidade.
É uma ilusão acreditar que podemos educar como queremos e para o qual nos preparamos tanto.
Como falar de percentuais de aprovação no ENEM se não temos como lutar contra os dragões da educação particular, extremamente bem equipada didaticamente e com uma clientela que passa longe da sobrevida?
Partindo de todos estes princípios, que cidadãos teremos se nossos governantes são exemplos de frieza, descompromisso, egoísmo, etc..
Somos educadores, somos formadores de consciência e de opinião. Precisamos aprender a medir a nossa força dentro de uma nação. A força que os homens do poder tanto temem.
Precisamos exigir dignidade e respeito para que possamos ser vistos como exemplo; para que não se acabe o profissional educador e para que possamos ser seguidos.
Esta chegando, novamente, a hora da escolha. Vamos ficar atentos. Vamos fazer valer a nossa voz.
(Texto transcrito de amiga que atua nesse campo apaixonante, minado e desafiador)