Sempre indo e vindo,
em arrumações e constantes desfazeres.
“Homo Viator” sou,
impedido de contemplar paisagens sedentárias
e de fixar moradia em lugar algum.
Chegadas prenhes de expectativas,
adaptações seguidas de ajustes dolorosos
e depois de tudo, novo partir...
Até que os lugares
se esgotem e não mais se repitam
e o tempo permita-me imitá-lo,
nessa sua fúria mansa de transformar-me,
naquilo que sigo,
todos os dias, perseguindo.